sábado, 7 de junho de 2014

NÃO SEI - Pelo Prof. Mário Sérgio Cortella

 
R e c o n h e c e r o desconhecimento sobre certas coisas é sinal de inteligência e um passo decisivo para a mudança.
Uma das coisas mais inteligentes que um homem e uma mulher podem saber é Saber que não sabem. Aliás, só é possível caminhar em direção à excelência se você souber que não sabe algumas coisas. Porque há pessoas que, em vez de ter humildade para saber que não sabem, fingem que sabem. Pior do que não saber é fingir que sabe. Quando você finge que sabe, impede um planejamento adequado, impede uma ação coletiva eficaz. Por isso, a expressão “não sei” é um sinal de absoluta inteligência.
Essa é uma regra básica da vida: quando você está no fundo do poço, a primeira coisa que precisa para sair de lá é parar de cavar. E a pá que continua cavando é, ao não saber, fingir que sei. Fingir para quem? Não existe autoengano. Isso significa que quando alguém diz “não sei”, é um sinal de inteligência. Aliás, a pessoa humilde é capaz de ter dúvida, e isso é motor de mudança. Cuidado com gente que não tem dúvida; Gente que não tem dúvida não é capaz de inovar, de reinventar, não é capaz de fazer de outro modo. Gente que não tem dúvida só é capaz de repetir. Cuidado com gente cheia de certeza. Num mundo de velocidade e mudança, imagine se você ou eu somos cheios de certeza a dificuldade que isso nos carrega. Claro, você não pode ser alguém que só tem dúvida, mas não tê-las é sinal de tolice. “Será que estou fazendo do melhor modo? Da maneira mais correta? Será que estou fazendo aquilo que deve e pode ser feito?”
Só seres que arriscam erram. Não confunda erro com negligência, desatenção e descuido. Ser capaz de arriscar é uma das coisas mais inteligentes para mudar. Você não tem de temer o erro. Tem que temer a negligência, a desatenção e o descuido. Erro é para ser corrigido, não para ser punido. O que se pune é negligência, desatenção e descuido. Quem inventou a lâmpada elétrica de corrente contínua foi Thomas Edison, sabemos. O que nem sempre se tem ideia é que ele fez 1430 experiências antes de chegar à lâmpada que deram errado. Ele inclusive registrou: inventei 1430 modos de não fazer a lâmpada. Porque é muito importante também saber o que não fazer. Ele aprendeu que o fracasso não acontece quando se erra, mas quando se desiste face ao erro.
Nenhum e nenhuma de nós é capaz de fazer tudo certo o tempo todo de todos os modos. Por isso, você só conhece alguém quando sabe que ele erra, e quando ele erra e não desiste. E dizem: ah, é por isso que a gente aprende com os erros? Não, a gente não aprende com os erros. A gente aprende com a correção dos erros. Se a gente aprendesse com os erros, o melhor método pedagógico seria errar bastante. (É bom lembrar que todo cogumelo é comestível. Alguns apenas uma vez.)
Num mundo competitivo, para caminhar para a excelência é preciso fazer o melhor, no lugar de, vez ou outra, contentar-se com o possível. E isso exige humildade e exige que coloquemos em dúvida as práticas que já tínhamos. Porque se as práticas que tínhamos e temos no dia a dia fossem suficientes, estaríamos melhores.
Para ser capaz de uma mudança cada vez mais significativa e positiva é necessário ter humildade. Só quem acha que já sabe acaba caindo na armadilha perigosa que é não dar passos adiante.
De onde vem a palavra “humildade”? De húmus, que é terra fértil e, na origem, significa o “solo sob nós”. Em outras palavras, húmus é o nível em que nós estamos. A palavra “humildade” é a mesma da origem húmus, da qual deriva a palavra “humano”. Cada homem e cada mulher tem o mesmo nível de dignidade, de possibilidade de ação. No Livro do Gênesis, os hebreus registraram frase atribuída a Javé quando expulsou o casal primordial repreendeu Adão: “No suor do teu rosto comerás o pão, até voltares ao solo, pois dele foste retirado. Sim, és pó e ao pó voltarás” (Gn 3,19): “Do pó viemos, ao pó voltaremos”. Isso significa que estamos todos no mesmo nível. Humildade, humano, húmus – estamos no mesmo nível em relação à nossa dignidade. Existem pessoas que não têm essa percepção, elas não conseguem aproveitar as oportunidades porque não têm humildade.
Qual o contrário de humildade? Arrogância. Gente arrogante é gente que acha que já sabe, acha que não precisa aprender, que costuma dizer: “Há dois modos de fazer as coisas, o meu ou o errado. Escolha você”.
Gente arrogante não ouve discordância e não consegue crescer.
Nós somos um animal arrogante. Há pessoas que se recusam à mudança porque acham que já estão prontas. “Pode deixar, eu sei o que eu faço”, dizem com relativa frequência. Uma das fases mais perigosas da vida de nossos filhos é quando eles têm 15 anos, 16 anos, porque se acham invulneráveis, que nada vai acontecer a eles. Ficam arrogantes em excesso. “Cuidado, filho.” Ele responde: “Pai, pode deixar, eu sei o que eu faço”. Ou “Filha, olha lá”. A resposta: “Pode deixar, isso nunca aconteceu”. E aquele que se considera invulnerável, ele pode se arriscar e se machucar, pois essa arrogância é típica da idade. É perigosíssima!
Arrogância é um perigo porque ela altera inclusive a nossa capacidade de aprender com o outro, de entrar em sintonia. Bons músicos não fazem uma boa orquestra a menos que eles tenham sintonia. E essa sintonia vem quando as pessoas respeitam a atividade que o outro faz e querem atuar de forma integrada. Se há uma coisa que liquida uma orquestra é arrogância.
Porque com empresas seria diferente?
        Mario Sergio Cortella

sábado, 2 de março de 2013

PERIGO NADA IMINENTE!

 
   Uma das coisas mais perigosas é a mente afetada por uma turbulência de emoções e emoções baseadas em suposições (afirmo com base em mim). Para a extinção da loucura proponho, vivamos em tom de soneto, que nossas histórias sejam uma verdadeira obra prima, livre dos medos e das obstinações nascidas da fisiologia humana (e não da alma subordinada), e que todos esses anseios que nos atormentam, os pensamentos e devaneios alterados por uma pontinha de insanidade sejam, de uma vez por todas, depositados nas mãos do Autor, O Responsável pela nossa existência, Ele certamente saberá, incomparavelmente melhor do que nós, conduzir as palavras para constituir uma obra h a r m ô n i c a.

   Não serei mais eu quem decide (movida por pura teimosia crônica) para onde vão os meus passos, nem quero estabelecer caminhos, calcular o tempo da rota, criar estratégias para alcançar a, imaturamente concebida pelo meu subconsciente, “felicidade”.

   E assim seja.   

segunda-feira, 25 de junho de 2012

VERDADE

   Antecipo, nenhuma palavra escrita por mim é confiável. Estou sujeita as variações emocionais, espirituais e mentais e essas, infelizmente, são característica da raça humana.
Como alguém pode, de algum modo, se basear em filosofias pessoais se por várias vezes nos contestamos?
Por isso sou enfática quando digo, BUSQUE A VERDADE QUE NUNCA MUDA!


Testifico, a humanidade é corruptível, Jesus Cristo não.

 


Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.

Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.

João 14:6-7

terça-feira, 20 de abril de 2010

FILOSOFIA KAMIKAZE

 Não importa que morra o corpo desde que o espírito cresça.


Filosofia kamikaze: Os pilotos japoneses tinham uma meta e para cumpri-la abriam mão de suas vidas, executavam a tarefa que era a eles confiada e por fim morriam. A morte da carne é certa para toda a humanidade e desde criança aprendemos a conviver com esse fato, cabe a nós executar nossa missão do melhor modo e em menor tempo pois, diferente dos pilotos que tinham um tempo de vida predeterminado, tempo esse de que eram cientes, preparavam-se para o fim. Nós, no entanto, não sabemos o nosso tempo e muitos sequer possuem um fator que os impulsione a cumprir a missão. Portanto, busquemos o alvo (o nosso objetivo) e com determinação e a certeza do fim, cumpramos de maneira impecável nossas respectivas missões.




Procure a verdade e se é verdade ela não muda, nem tem interpretações!



Julliet

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

DAQUI HÁ ALGUNS ANOS...


Daqui há alguns anos:



 Filho, é bom que saiba, todas as propagandas seja por intermédio de mídia ou simplesmente procedem de um egocêntrico, todas contêm mentiras e a maior parte delas somente mentem, ou seja, o produto ou a pessoa em questão não tem nenhuma qualidade verdadeira e não te oferecerá nada daquilo que te mostrou previamente. Note meu filho que um produto ou alguém realmente bom não precisa de promoção para ser notado ou amado. Para finalizar e também te alertar e prevenir a medida do possível de surpreendentes dissabores que a vida pode e vai te dar, esteja ciente de que pessoas mentem! 

sábado, 1 de agosto de 2009

DAS VANTAGENS DE SER BOBO


"O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."

Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.
O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.
Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.
Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"
Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.
Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!
Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo."



Clarice Lispector

sábado, 25 de abril de 2009

PONTO DE VISTA

  É melhor não ter um! Ideal é um ponto de equilíbrio. Posso olhar de qualquer ponto, afirmar que é o certo e esperar que a humanidade olhe pelo mesmo ponto, só que, não me responsabilizo se caírem, afinal, é o meu "ponto de vista". Não se pode esperar a compreensão dos outros para este meu ângulo de visão, porém, também é inaceitável que esperem que eu olhe por mais um "ponto de vista" incerto, questionável, duvidoso e... vezes originado de um néscio qualquer.
Julliet